sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Skylab e Música Independente




Já que o Skylab deixou essa brecha, vamos divulgar até o seu post!
hahaha.

Isso é pra que não reste dúvida sobre o funcionamento do FDE.
Li aqui: http://godardcity.blogspot.com/2009/12/musica-independente-2009.html
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MÚSICA INDEPENDENTE - 2009
Este é o último post do ano.

Se fizéssemos um balanço do que aconteceu em 2009, eu não teria aqui espaço suficiente. Tenho dito em algumas entrevistas que foi um ano atípico pra mim em função de três lançamentos: SKYLAB IX (meu primeiro dvd), SKYGIRLS e o ROGERIO SKYLAB & ORQUESTRA ZEFELIPE . Isso nunca havia acontecido em meus quase 20 anos de carreira.

Uma outra coisa que me marcou definitivamente foi ter entrado em contato com o GOMA de Uberlândia e consequentemente o Movimento Fora do Eixo. Acho mesmo que pra música independente, esse movimento foi a coisa mais importante que aconteceu. E a tendência é crescer cada vez mais, articulando-se com os pontos mais distantes do país. Sugiro a entrevista que fiz com a galera do GOMA e que está transposta aqui no blog. http://godardcity.blogspot.com/2009/06/circuito-fora-do-eixo-goma.html

Porcas e Borboletas, por exemplo, é uma banda que vem de Uberlândia, afinada a esse movimento, e lançou disco recente com participação de Arrigo Barnabé entre outros convidados. Não preciso dizer mais nada. Outra banda que nasceu das entranhas do Fora do Eixo é o Macaco Bong.
Se fosse só isso a música independente, estaríamos ao menos bem encaminhados. Mas não é.

Conversando com um “intuitivo genial”, esse também independente até a alma, ele me apresentava um estranho argumento justificando sua alergia pela visibilidade. Confesso que até hoje não entendi nada. Mas suspeito que é um raciocínio às avessas para justificar a ausência de reconhecimento por parte do público. Tirando meia dúzia de aficcionados por seu trabalho, o “intuitivo genial” permanece entocado em sua caverna. É um revoltado, como ele mesmo me diz. Se pudesse explodir o Cristo Redentor, ele o explodiria, penso eu. Mas algo me diz também que o “intuitivo genial” espera mesmo é pelo reconhecimento que nunca vem. Daí produz raciocínios mirabolantes e insiste que foge das luzes.

Um raciocínio inverso produz outro representante da música independente. Segundo este, é tanta luz que o banha, que chega a se sentir no cenário internacional. Para tanto, não faz mal que viaje para a Europa tendo que custear a própria passagem e a estadia. O que importa para esse representante da música independente e “planetária” é fazer muitos shows e dar a esse fato máxima divulgação. A questão é que se a Maria Bethânia faz show em Portugal, ela de fato está abrindo mercado e isso lhe dá um imenso retorno. Já o nosso “independente delirante”, faz show na Alemanha pra meia dúzia de malucos e alardeia aos quatro cantos da mídia a sua fenomenal viagem. Não abre mercado nenhum. Mas chego a desconfiar que o nosso delirante passa a acreditar na própria mentira, o que já é um caso de psiquiatria.

O desafio da música independente é se fazer bem distribuída. Como tocar na rádio sem jabá? Como quebrar o monopólio das grandes gravadoras que ainda mantém seu predomínio na mídia?
A não ser que você faça música pra ninguém, isto é, pra permanecer nas sombras.
Como eu acho que o sentido da arte é o outro, o que é muito diferente de fazer algo para agradar, penso sempre em como fazer a minha música chegar às pessoas. E essa me parece ser a maior questão da música independente. A Música Livre, através da internet, tenta solucionar essa questão – ela sabe que mais importante do que um retorno financeiro imediato é a divulgação do trabalho.

Daí porque acho que o Movimento Fora do Eixo é quem enfrenta melhor esse problemática. Sem delírio e sem falsas argumentações.

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